quarta-feira, 18 de junho de 2008
Texto interessante para comunicadores III
Alguns filósofos têm idéias tão independentes que é absolutamente impossível encaixa-los em uma corrente de pensamento. É o caso do canadense Marshall McLuhan. Um dos pesquisadores de comunicação mais criticados de todos os tempos, e também um dos mais influentes, McLuhan criou teorias que delinearam nossa visão de mundo e nos fizeram ver com outros olhos os Meios de Comunicação de Massa. Seu pensamento pode ser resumido em três teorias: os meios de comunicação como extensões do homem, os meios são as mensagens e aldeia global. Para McLuhan, o homem age sobre a natureza criando extensões de seu próprio corpo. Uma metáfora disso nos foi apresentada no filme 2001 – uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick. Vários antropóides estão guerreando quando um deles tem a idéia de pegar um osso e utiliza-lo como arma. Rapidamente ele percebe que aquela extensão de seu braço era mais eficiente do que o braço em si. Ao final da cena, ele joga o osso para cima e este se transforma em uma nave espacial. Kubrick queria dizer que o mesmo princípio unia tanto o osso quanto a espaçonave: ambas eram extensões do corpo humano. Se o osso era extensão do braço, a nave era uma extensão do pé. Isso mesmo: o pé. Qualquer forma de transporte, seja um cavalo, uma carroça, um navio ou um avião, nos ajuda a nos movimentarmos e, portanto, é mais eficiente que simplesmente andar. Da mesma forma, quase tudo que temos à nossa volta é uma extensão de nosso corpo ou de nossos sentidos. A roupa é extensão da pele, a faca é uma extensão dos dentes, o livro é uma extensão de nossa memória. Assim, todo meio de comunicação também é uma extensão: o rádio da boca (para quem fala), do ouvido (para quem ouve), a televisão dos olhos e do ouvido, o computador de nosso cérebro, etc. Outra teoria importante de McLuhan foi expressa na frase “os meios são as mensagens”. McLuhan queria dizer que não fazia sentido estudar os conteúdos do rádio, da televisão ou da internet. O importante é que todo meio de comunicação modifica a psicologia a forma de organização social das pessoas que o utilizam. Para McLuhan, “a mensagem de qualquer meio ou tecnologia é a mudança de escala, cadência ou padrão que esse meio ou tecnologia introduz nas coisas humanas”. Para exemplificar, é possível voltar à época em que o homem se organizava em pequenas aldeias. Nesse período, a comunicação era predominantemente oral. As pessoas recebiam informações pelo ouvido e olho era um sentido a mais que nos permitia, por exemplo, captar o gestual de quem falava. Havia um contato direto entre o emissor e o receptor. Além disso, era uma comunicação com envolvimento e voltada para a prática. Ao ensinar o neto a pescar, o vovô não gastava horas falando sobre os aspectos teóricos do pescar. Ele pegava anzol, caniço, isca e, ao mesmo tempo em que falava, mostrava para o garoto como se fazia, e este, em seguida, repetia a ação. O tipo de comunicação utilizado não permitia que as pessoas se organizassem em grupos muito grandes, pois a aldeia, segundo definição de McLuhan, é o grupo de pessoas que consegue ouvir o líder. De fato, entre os indígenas brasileiros, quando um agrupamento se torna muito grande, ele se divide em duas aldeias. A invenção da escrita mudou tudo. Com um novo e eficiente meio de comunicação, foi possível criar grandes agrupamentos humanos. Além disso, os líderes, que até então tinham poder relativo, tornaram-se reis com poder absoluto. Através da escrita eles podiam enviar suas ordens a todos os súditos. Por outro lado, através dos escribas, o governante podia controlar a produção de riqueza e instituir impostos. A escrita inventa também o universo classificador, em que todas as coisas definidas pelas classes nas quais se encaixam. Esse universo trabalha com categorias mutuamente excludentes e hierarquicamente organizadas. Assim, um gato, no universo classificador, é um animal, vertebrado, mamífero, felídeo, etc... Antes da escrita havia apenas os universos relevante (em que as informações são definidas pela importância que têm para cada pessoa) e relacional (em que as informações são definidas pelas suas relações com as outras coisas. Por exemplo, para o universo relaciona, o gato é o animal que caça o rato. O universo classificador criou condições para o surgimento da burocracia e do exército, com sua hierarquia. Nova revolução ocorre quando é inventada a imprensa. Com essa nova forma de comunicação, as informações se popularizaram e agora cada pessoa podia ler o seu livro ou o seu jornal sozinho (antes era mais comum que as pessoas lessem em grupos). Com isso surge a idéia de individualidade e de direito autoral. Como os impressores achavam mais rendoso publicar nas línguas nacionais do que em latim (já que o público era bem maior), a imprensa também acaba criando a idéia de nação e de nacionalismo. A popularização da informação tira dos mosteiros o papel de detentores da informação. Tudo isso enfraquece o poder do Papa e cria condições para o surgimento das monarquias absolutas e do protestantismo. McLuhan chamou Galáxia de Gutemberg a esse mundo criado pela imprensa. O pensamento linear, que já se delineava no mundo da escrita, torna-se o padrão na Galáxia de Gutemberg: todas as coisas devem ser organizadas de forma que haja uma relação de início, meio e fim, como, aliás, acontece com os livros. McLuhan percebeu que em sua época (década de 60), uma nova revolução estava se delineando motivada pelos novos meios de comunicação de massa, em especial a televisão. Para ele, a TV e o rádio estavam devolvendo o ouvido ao homem, que havia caído em desuso na Galáxia de Gutemberg. Por outro lado, a TV, por ser um meio frio (de baixa resolução), levava a um maior envolvimento por parte do receptor, da mesma forma que ocorria na época em que vivíamos em aldeia. Para o filósofo canadense, a TV e as canções pop estavam novamente unindo pensamento e ação. Isso podia ser percebido nos protestos contra a guerra do Vietnã. O fato de a TV mostrar as atrocidades cometidas pelos soldados norte-americanos levou a população dos EUA a se mobilizar contra a guerra. O exercito norte-americano sabe muito bem dessa força da imagem televisiva, tanto que na Guerra do Golfo impediu as emissoras de TV de mostrarem detalhes do conflito. Com a criação da internet um novo mundo começa a se delinear. O surgimento de uma rede de comunicação impossível de se controlar, na qual os emissores também são receptores, muda muita coisa. Recentemente li uma matéria sobre um grupo de pessoas em diversos países que distribui pela internet informações que são ignoradas ou distorcidas pela televisão e outros meios de comunicação. Isso nos leva a outra teoria de McLuhan: a idéia de aldeia global. Se, nos primórdios da humanidade, uma aldeia era definida pela quantidade de pessoas que podiam ouvir o líder, hoje o mundo todo pode ouvir as comunicações de uma liderança. Da mesma forma que na aldeia todos sabiam todos os acontecimentos de forma quase instantânea, hoje se sabe de tudo a velocidade incrível. Os atentados terroristas que demoliram os Word Trade Center demonstraram isso bem. O mundo parou para ver esse fato. Para se ter uma idéia do alcance do acontecimento, no dia seguinte, na capital do Camboja, houve uma cerimônia budista pelas almas das pessoas que 25 morreram nos atentados. Uma foto dessa cerimônia mostrava uma garotinha cambojana segurando uma bandeira dos EUA. Os atentados de 11 de setembro mostram que McLuhan estava certo: o mundo é cada vez mais uma aldeia e cada vez mais as fronteiras nacionais deixam de ser importantes.
Texto interessante para comunicadores II
PÚBLICO, MASSA E MULTIDÃO
" 'É uma grande desgraça não poder estar só' LA BRYÈRE citado por EDGAR ALAN POE
Em 1840, o escritor norte-americano Edgar Alan Poe publicou um texto, depois classificado pelos organizadores de suas obras completas como conto filosófico. “O Homem das Multidões” é narrado por um homem que vai a Londres fazer um tratamento de saúde e se diverte observando, do saguão do hotel, a multidão que passa na rua.
No começo, o narrador vê apenas uma massa indistinta. Em breve, porém, desce aos detalhes e consegue ver padrões de roupas, comportamentos, jeitos de andar. Vários públicos se descortinam à sua frente: escreventes, homens de negócio, advogados, homens de lazer...
À certa altura, um homem chama sua atenção. É um velho entre 60 e 70 anos. Sua fisionomia apresenta um misto de triunfo, alegria, terror e desespero. A impressão causada pelo personagem é tão forte, que o narrador passa a segui-lo. O homem envereda pela rua repleta de gente e, chegando à praça, passa a andar em círculos, confundindo-se com a multidão. Quando o fluxo diminui, o velho se sente angustiado e procura outra multidão. A narrativa acompanha durante toda a noite sua busca por agrupamentos humanos.
No final, o escritor o abandona com um comentário: “Esse velho é o tipo e o gênio do crime profundo. Recusa estar só. É o homem das multidões. Seria vão segui-lo, pois nada mais saberei dele, nem de seus atos. O pior coração do mundo é mais espesso do que o Hortulus Animae e talvez seja uma das grandes misericórdias de Deus o fato de que ele jamais se deixa ler”.
Em “O Homem das Multidões”, Edgar Alan Poe antecipou em muitos anos a discussão sobre a sociedade de massa. O século XIX viu aparecer um novo tipo de agrupamento humano. Antes a regra eram pequenas vilas, nas quais todo mundo se conhecia e se relacionava. O processo de industrialização forçou uma grande quantidade de pessoas a se deslocarem para grandes centros nos quais as pessoas não se conheciam e não tinham qualquer relacionamento mais íntimo.
A aglomeração maciça de seres humanos forçou o contato pessoal com pessoas desconhecidas, muitas das quais permanecerão sempre desconhecidas. Não conhecemos o homem que nos vende alimentos e a moça do correio é apenas mais uma funcionária postal. O homem moderno está rodeado de gente, mas é solitário. Essa nova realidade tornou patente um novo tipo de comportamento, que não era individual, mas coletivo. Para explicá-los surgiu a psicologia das massas.
Dois pioneiros dessa nova disciplina foram o italiano Scipio Sieghele e o francês Gustav Le Bom. Sieghele escreve A Massa Criminosa, no qual analisa os crimes coletivos, como revoltas e lichamentos, e conclui que não há como indicar culpados. Os que são incriminados são sempre bodes-expiatórios, pois é sempre impossível determinar um culpado no meio da multidão.
Sieghele trabalha o conceito de multidão como agrupamento geográfico e resultado de uma sugestão, como se seus integrantes estivessem sonâmbulos, hipnotizados. Em toda multidão há condutores e conduzidos, hipnotizadores e hipnotizados. O autor italiano foi um dos primeiros a perceber a importância dos meios de comunicação de massa nesses novos tipos de comportamento. Para ele, a imprensa seria uma manipuladora da massa.
Para Gustav Le Bon, a civilização estava em perigo com a emergência das massas. Os líderes políticos do século XX seriam aqueles capazes de manipular as mesmas através da mídia (uma profecia acertada, se lembrarmos de Hitler, Mussolini e Getúlio Vargas).
O pensador Gabriel Tarde discordou desse ponto de vista, argumentando que a massa é geográfica e o publico é formado socialmente. Para ele, a imprensa estava criando públicos, ao permitir que pessoas distanciadas geograficamente pudessem partilhar idéias. Os pensadores contemporâneos perceberam a dificuldade em se trabalhar com os conceitos de multidão e massa de maneira conjunta e resolveram separá-los. Assim, há três tipos de comportamentos coletivos.
O primeiro deles, e o mais primário, é a multidão. Sua origem é biológica e remonta aos tempos em que o homem passou a viver em sociedade. Na multidão, os integrantes são comandados pela ação de feromônios, hormônios expelidos pelo corpo, que fazem efeito ao serem percebidos olfativamente.
Todos que estiverem no campo de ação dos feromônios são contagiados e passam a agir como uma só pessoa, de forma irracional. É o caso de linchamentos, revoltas e tumultos em locais repletos de gente. É comum, por exemplo, que em casos de incêndio em casas de shows morram mais pessoas pisoteadas do que em decorrência do fogo. A criação de uma multidão passa por quatro estágios.
No primeiro deles, há um acontecimento emocionante (a informação de que um estuprador foi preso, um trem de subúrbio que deixa de funcionar justamente na hora em que os trabalhadores voltam para casa).
No segundo, há uma “moedura”: os indivíduos se encontram, se chocam, começam a trocar feromônios.
No terceiro, surge uma imagem, uma idéia de ação, a exaltação coletiva é direcionada para um objetivo (lichar o criminoso, quebrar o trem).
Finalmente, no quarto estágio, a multidão, já totalmente dominada pelos feromônios, age. Uma multidão é como um estouro de boiada: é impossível pará-la com a força ou com a razão. Atirar adianta muito pouco, pois os que estão atrás empurram os que estão na frente, até chegar aos seus atacantes.
Segundo Flávio Calazans, só há duas maneiras de deter uma multidão: ou dando um segundo objetivo a ela, ou jogando gás lacrimogêneo. Os gás impede que as pessoas continuem recebendo os feromônios umas das outras. Por outro lado, a irritação nos olhos e a fumaça dão aos integrantes da multidão a impressão de que estão sozinhos.
Um indivíduo só age como multidão se tiver certeza de que está incógnito. É a certeza de que seus atos individuais não serão percebidos que dá à multidão a liberdade de agir. É por isso que são comuns as desordem em períodos de blecaute.
Dar um segundo objetivo também é eficiente, pois uma segunda proposta de ação leva a multidão a pensar, e uma multidão que pensa deixa de ser multidão.
Em uma perspectiva fisiológica, a multidão seria um comportamento coletivo governado pelo complexo R. Essa primeira camada de nosso cérebro é responsável pela auto-preservação. É aí que nascem nossos mecanismos de agressão e ações instintivas.
O comportamento de massa é uma novidade do século XIX e surge em decorrência do processo de industrialização e desenvolvimento dos meios de comunicação de massa. A massa age como multidão, de maneira irracional e manipulável. Mas não há proximidade física. Não há feromônios envolvidos.
Nos grandes centros, as pessoas estão isoladas, atomizadas, e a principal influência acaba sendo os meios de comunicação de massa. É a multidão solitária. A principal característica da massa é o pseudo-pensamento. A massa acredita que pensa, mas só repete o que houve nos meios de comunicação de massa.
Segundo Luiz Beltrão, o poder massificante da sociedade é de tal ordem que o indivíduo se recusa a acreditar que é apenas uma peça da engrenagem social e que suas idéias são idéias que lhe foram implantadas pela mídia.
Ao ser perguntado o porque de suas idéias, o integrante da massa repetirá exatamente o que ouviu de seu apresentador de TV favorito. Ou então dirá simplesmente: “É claro que é assim. Você não viu que saiu no jornal?” ou “mas todo mundo gosta disso, por que você não gosta?”
Fisiologicamente, o comportamento de massa é identificado o complexo límbico, a camada do cérebro característica de mamíferos e que governa o instinto de rebanho. Assim, a aspiração máxima do integrante da massa é ser aceito pelos seus pares. Ele fará qualquer coisa para se adequar e procurará repetir os outros em tudo. É o famoso Maria vai com as outras.
O comportamento de massa fica claro em pessoas que têm ânsia de andar sempre na moda. Vestir a roupa do momento é uma forma de não “estar por fora”. Claro que quem ditará o que é moda são os meios de comunicação de massa, que se aproveitam dessa necessidade de rebanho, de aceitação social, para vender seus produtos e manipular a massa.
Como a massa não pensa, ela precisa de alguém que pense por ela, ela precisa de um pai, que lhe diga o que fazer. Esse papel já foi exercido por líderes políticos, como Hitler e Getúlio Vargas. Não é à toa que o ditador brasileiro era chamado de “pai dos pobres”.
Hoje quem normalmente exerce essa função são figuras importantes da mídia, tais como apresentadores de TV. Esse inclusive é um fator potencialmente perigoso da massa. Como obedece cegamente aos impulsos recebidos pela mídia, a massa pode adotar um tom de verdadeiro fanatismo contra qualquer um que ouse discordar de seus pontos de vista.
Como a massa não tem consciência de sua situação, ela é feliz, feliz como o gado na engorda. Não é à toa que Zé Ramalho nos diz, em musica cantada como toada de boi: “Eh! Oh! Oh! Vida de gado Povo marcado eh! Povo feliz...”.
O homem das multidões de Poe era um homem-massa, incapaz de estar só, mas também incapaz de criar relacionamentos profundos. Sua única aspiração era ser aceito pelo grupo, mesmo que para isso precisasse sacrificar sua identidade. Poe o abandona dizendo que de nada adiantaria continuar a segui-los, pois tudo que se poderia saber dele já se sabe.
A massa não tem é oca por dentro. São pessoas de palha, como definiu Ray Bradbury no livro Fahrenheit 451, referindo-se às pessoas que assistiam à televisão.
A terceira forma de comportamento coletivo é o público. A palavra vem do latim “publicus”, que significa depois da adolescência. Ou seja, público é aquele que alcançou a maturidade intelectual e psicológica.
A característica do público é ser racional e defender sua individualidade. Enquanto na multidão, o indivíduo quer ser anônimo, enquanto na massa, quer ser igual aos outros, no público ele quer ser ele mesmo. O público não se deixa manipular e seus argumentos são frutos de um raciocínio interior. O público defende tal ponto de vista porque refletiu sobre ele e chegou à conclusão de que essa é a melhor idéia, e não porque alguém lhe disse.
O comportamento de público é governado pelo neocórtex, a camada mais recente do cérebro, que controla a linguagem simbólica, a leitura, o cálculo, a criatividade e a crítica.
Em uma perspectiva junguiana, o público é aquele que passou por um processo de individuação e tornou-se capaz de tomar decisões sozinhos, sem precisar de um pai que lhe diga o que fazer.
Da mesma forma que a mídia cria massa, pode também ajudar a criar público. Listas de discussão e sites como o Digestivo Cultural podem ser espaços privilegiado para que esses compartilhem idéias e troquem informações. Da mesma forma, programas de televisão e filmes podem criar uma consciência crítica em seus receptores."
Post 10 - Meu depoimento
eu me interessei por publicidade, primeiro porque eu tenho muitos amigos
que fazem o curso e gostam muito, segundo porque no Unasp eu tive uma
idéia maior sobre como são os dois cursos de Comunicação Social. Daí eu comecei a
cursar as duas disciplinas para ter uma noção maior de como é o curso de publicidade.
Eu admito que eu gostei muito (tenho medo que o Dargã descubra esse depoimento),
mas eu ainda não tenho plena convicção de que publicidade é "O" curso que tem a minha cara, até porque,
na área em que eu quero trabalhar, tanto faz o curso em que eu me graduar, mas eu pretendo terminar os dois, jornalismo e publicidade, e decidir só no futuro a área em que eu vou atuar.
Acho que é só isso!!
Boas férias professor...se publicitário tiver férias né!
Texto interessante para comunicadores I
Teoria Hipodérmica da mídia
"A teoria da Agulha Hipodérmica, surgida no campo da psicologia, influenciou todo o pensamento comunicacional da primeira metade do século passado e tornou-se um ponto de partida essencial tanto para os que concordam com seus ditames quanto para os que discordam. A teoria hipodérmica parte da idéia behavorista de que a toda resposta corresponde um estímulo, pois não há resposta sem estímulo, ou estímulo sem resposta. Os indivíduos são estudados e compreendidos de acordo com suas reações aos estímulos recebidos. É por demais conhecida a experiência de Pavlov com o cãozinho. À visão da comida, o cachorrinho respondia salivando – uma reação do organismo preparatória para o ato de digerir a comida. Pavlov passou a tocar uma sineta toda vez que alimentava o animal. Por fim, tocava apenas a sineta. Mesmo não havendo comida, o cão respondia ao estímulo (som da sineta) com uma resposta (salivando). O esquema E – R (Estímulo – Resposta) é essencial para a Teoria Hipodérmica. Assim, os meios de comunicação de Massa (MCM) enviariam estímulos que seriam imediatamente respondidos pelos receptores. A audiência é vista como uma massa amorfa, que responde de maneira imediata e uniforme aos estímulos recebidos. Os indivíduos são compreendidos como átomos isolados, que, no entanto, fazem parte de um corpo maior, a massa, criada pelos meios de comunicação. Isso tornaria impossível a emergência de resposta individuais ou discordantes do estímulo. Ao enviar um estímulo – uma propaganda, por exemplo – os MCM teriam como resposta o comportamento desejado pelos emissores, desde que o estímulo fosse aplicado de maneira correta. Não é por acaso que a teoria chama-se hipodérmica. Hipo é abaixo; derme, pele. Agulha hipodérmica é a agulha do médico, que injeta o medicamento diretamente na veia do paciente, assegurando um resultado imediato. A mídia é vista como uma agulha, que injeta seus conteúdos diretamente no cérebro dos receptores, sem nenhum tipo de barreira ou obstáculo. Essa visão dos MCM como onipresentes e onipotentes foi corroborada por diversos fenômenos midiáticos da primeira metade do século passado. Um deles foi a transmissão radiofônica do romance A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells, levada a efeito pelo então jovem Orson Welles. A transmissão foi realizada no dia 30 de outubro de 1938. Para dar maior realismo à narrativa, Welles transformou a história em um noticiário jornalístico. O resultado foi um pânico generalizado, pois muitos ouvintes ignoraram o aviso, feito antes do início do programa, de que se tratava de uma ficção. Diversos americanos saíram armados de suas casas, prontos a dar combate aos marcianos. Como resultado, Welles se tornou uma celebridade e a imagem de que os MCM tinham poder irrestrito sobre as pessoas se generalizou. Outro fator importante foi a utilização dos MCM, em especial o rádio e o cinema, feita pelos nazistas com o objetivo de controlar a massa. A utilização que os regimes autoritários fizeram da mídia iria povoar os pesadelos dos autores de ficção do período. Em obras como Admirável Mundo Novo, 1984 e Farenheith 451, a mídia onipotente e onipresente tem papel essencial na criação de uma massa idiotizada e manipulável. Essa visão da mídia influenciou também os pesquisadores da comunicação. Correntes de pensamento como o Funcionalismo e a Escola de Frankfurt, apesar das diferenças, compartilham da idéia de uma mídia toda-poderosa. Entretanto, desde a primeira metade do século passado, a hipótese hipodérmica tem sido contestada por quase todas as teorias da comunicação. As evidências demonstram que os indivíduos não são tão atomizados quanto criam os primeiros teóricos da comunicação, ganhando importância a atuação dos grupos primários. O funcionalista Lazzarsfeld, por exemplo, descobriu que os grupos com os quais as pessoas convivem vão direcionar a leitura que elas têm dos meios de comunicação de massa. Essa teoria foi chamada de Two Step Flow e prega que as mensagens midiáticas passam por dois degraus. O primeiro deles é formado pelos formadores de opinião, que podem reforçar ou anular as mensagens enviadas pelos meios de comunicação de massa. Além disso, os estudos demonstram que a possibilidade de leituras dos meios de comunicação não são limitados aos objetivos dos emissores. O filme Corpo Fechado, por exemplo, mostra a possibilidade de uma leitura aprofundada das histórias em quadrinhos."
Como eu começo uma campanha?
Anh?
Briefing! O briefing é um conjunto de informações passadas em uma reunião para o desenvolvimento de um trabalho.
E daí? Porque eu preciso de um?
Ele é uma peça fundamental para a elaboração de uma proposta de pesquisa de mercado. É um elemento chave para o planejamento de todas as etapas da pesquisa de acordo com as necessidades do cliente. O briefing é onde estão as primeiras especificações do que quer o cliente nesse trabalho e o que você pode oferecer para ele. É a matéria-prima que o designer precisa para sair do zero e começar a esboçar uma solução, seja na mente, no papel ou no monitor.
Huuuuum...Fale mais.
Nem sempre podemos fazer a reunião de briefing direto com o cliente. Ficamos à mercê do contato comercial e, como não será ele quem vai ter que quebrar a cabeça para inventar algo, em geral, eles não se dão o trabalho de sentar com o cliente e fazer um bom briefing. Caso, haja a possibilidade do designer conversar direto com o cliente, melhor.
Mas, e aí? O que eu faço se o cliente não mandar um briefing?
Faça o seu! Não quero dizer que você deve ler mentes, mas pode se basear no que já ouviu falar sobre o projeto, nas instruções verbais iniciais, em pesquisas gerais de marketing e sua experiência pessoal. Pesquise.
E o que eu coloco nesse tal de briefing?
Bom você pode colocar informações relevantes sobre a empresa e o produto como:
*O histórico (da empresa/produto)
*O objetivo do projeto
*Estratégia
*Público alvo
*Vantagem competitiva circunstancial
*Mensagem chave
*Obrigações(que a agência tem para cumprir com o cliente)
*Questões geográficas(lugar/região onde a empresa/produto é mais ou menos forte)
*Orçamento
Entendeu né...Pra começar uma campanha, comece pelo começo. O briefing.
Slogan
-Tooooooooda caaaaaaaaaara!!! Ele meio que, tipo assim, deixa na memóriaaaaaaa véi....
O slogan....
O que é um slogan mesmo?
Um slogan é uma curta mensagem usada como uma identificação de fácil memorização agregado a um produto ou serviço. O slogan compõe o que se chama de suporte ou complementação de uma determinada mensagem.
E pra que eu preciso dele?
A publicidade e a propaganda utilizam o slogan como forma de destacar os atributos, vantagens entre outras na complementação de uma mensagem comercial. Na propaganda o slogan é uma frase mnemônica, tem finalidade de manter-se na mente do consumidor ratificando certas características. São elas: a personalidade a identidade ou a denúncia dos atributos do produto.
Ele está relacionado com o quê hein?
O slogan está associado à imagem, à linguagem escrita e estética transcendendo a materialidade o produto ou serviço, transformando-se no afirmativo indicador dos atibutos enunciados no texto publicitário.
Aaaaaah tá. Então como seria um bom slogan?
O bom slogan é curto e direto expressando a história, a psicologia, o conceito da marca, empresa, produto e/ou serviços.
Recapitulando......
O slogan precisa:
*Ser memorável
*Incluir um benefício-chave
*Diferenciar a marca
*Lembrar o nome da marca
*Transmitir sentimentos positivos sobre a marca
Entendeu agora? Pra saber mais clica no link ai embaixo, tem um monte de coisas mais!!
http://empresasefinancas.hsw.uol.com.br/slogans-publicitarios2.htm